A atacante da Inglaterra, Chloe Kelly, elogiou a companheira de equipe do Arsenal, Michelle Agyemang, após o gol de empate vital da jovem de 19 anos garantir às Lionesses uma vaga nas semifinais do Euro 2025, em uma dramática vitória nos pênaltis contra a Suécia.

As campeãs defensoras estavam a 11 minutos de uma saída agonizante nas quartas de final em Zurique, desesperadas por uma virada após terem sofrido dois gols em uma primeira metade decepcionante, quando a veterana de sete grandes torneios Lucy Bronze descontou no minuto 79.

Menos de dois minutos depois, Agyemang – conquistando apenas sua terceira convocação na equipe principal após entrar na substituição tripla aos 70 minutos – empatou o jogo, forçando a prorrogação, antes de Bronze finalmente marcar o pênalti decisivo na sétima tentativa da Inglaterra em uma disputa de pênaltis repleta de erros.

“Eu literalmente, só falando com ela durante o jogo, eu dizia ‘acorda agora, Mich, acorda agora’, e pelos próximos cinco minutos eu senti que ela tinha uma energia real,” disse a também substituta Kelly, que converteu com sucesso sua cobrança de pênalti e forneceu cruzamentos decisivos para os dois gols da Inglaterra.

“Ela é uma jovem brilhante, traz muita força para o nosso time – sua potência, sua velocidade – e segura muito bem a bola, então é incrível vê-la brilhar no grande palco.”

O confronto imprevisível das quartas de final atraiu uma audiência máxima de 7,4 milhões de telespectadores – ou 65% do público televisivo na época – para a BBC One, além de três milhões de transmissões online.

Agyemang já marcou em dois de seus primeiros três jogos pela Inglaterra, após ter marcado memoravelmente aos 41 segundos de sua estreia pela seleção principal em abril.

Ela foi uma das jogadoras mais brilhantes no final da derrota das Lionesses na abertura do torneio contra a França, e a jogadora mais jovem da Inglaterra aproveitou sua chance novamente na noite de quinta-feira, momentos depois de sua jogadora mais velha e experiente lhes ter dado uma centelha de esperança.

Agyemang exala uma maturidade e segurança além da sua idade, dizendo aos repórteres após a derrota para a França: “Acho que a maior parte da pressão vem de mim mesma. Eu não tento ouvir o barulho.”

Ela passou a campanha mais recente da Women’s Super League emprestada ao Brighton, mas desde então foi chamada de volta pelos vencedores da Liga dos Campeões.

A atacante do Arsenal, Beth Mead, que foi introduzida junto com a adolescente no segundo tempo, elogiou muito as substitutas da Inglaterra, que mais uma vez corresponderam quando mais importava.

“Você precisa de um elenco completo,” disse Mead.

“Senti que cada garota que entrou em campo hoje teve um impacto para a equipe, seja defensivamente ou no ataque.”

“Isso te ajuda a passar pelo jogo. Você tem um grande desafio entrando com o placar 2 a 0 contra, então, para mudar o jogo, você precisa ser implacável e ir com tudo, e eu acho que muitos de nós fizemos isso.

"Acho que chorei como um bebê (ao apito final). É muita emoção. Você já esteve nessas situações antes e nós não conseguimos."

“Trabalhamos muito para voltar ao jogo e não conseguir a vitória foi um pensamento assustador, mas estamos muito felizes por termos ganhado.”

A Inglaterra enfrentará a Itália na próxima terça-feira, na semifinal em Genebra, onde esperam contar com o retorno de Leah Williamson após ela ter torcido o tornozelo na prorrogação contra a Suécia.

Embora o capitão da Inglaterra tenha sido visto usando bota ortopédica e muletas na quinta-feira, entende-se que isso tenha sido uma medida de precaução.