Dave King acredita que a falta de apego emocional dos futuros novos proprietários do Rangers é algo positivo, pois ele previu que a aquisição será concluída em junho.

O empresário baseado na África do Sul e ex-presidente dos Light Blues é o maior acionista individual do clube, com uma participação de 13%.

Após estar envolvido em negociações com o empresário americano Andrew Cavenagh e a 49ers Enterprises desde o final de 2024, King espera que a oferta deles para assumir o controle do Rangers seja finalizada no próximo mês.

“Se eu te levar para a posição como eu a vejo agora, eu diria que há 90 por cento de probabilidade de que isso aconteça,” ele disse ao Talksport na quarta-feira.

“Essas discussões vêm acontecendo há muito tempo, cerca de seis meses atrás foi a primeira vez que conversei com Andrew para ver se havia uma base para fechar um acordo que funcionasse para ambas as partes.

"E embora ao longo do processo de negociações como essas, tenha havido momentos em que tudo parecia incerto, se você me perguntar onde estamos agora em termos de documentos legais assinados, em relação ao tipo de condições precedentes que ainda precisam ser cumpridas, eu certamente diria que estamos acima de 90% neste momento."

King está entusiasmado com a perspectiva de o Rangers ser gerido por pessoas sem ligação prévia ao clube, ao contrário da atual diretoria.

“Tenho tido a sorte de estar envolvido em discussões diretamente com eles”, disse ele. “Também lhes fiz a pergunta, quando Paul Murray os apresentou a mim: ‘por que os Rangers? Entendo o vosso interesse nos 49ers, com a expansão das franquias. Vejo por que o futebol americano é uma grande oportunidade de negócio. Mas por que estão interessados nos Rangers? Não é algo da moda, é Glasgow, não é Londres’.”

"E eu tive todas as respostas certas, que eles entendem o negócio do futebol e que estariam no Rangers a longo prazo. E a outra coisa que gostei ao falar com eles é que, tendo estado no clube por 25 anos, com David Murray e depois, acho que há uma grande desvantagem em clubes como o Rangers, onde o conselho e a tomada de decisões são dominados pelos torcedores."

“Você tem esse pessimismo absoluto quando perde um jogo no fim de semana, e surge aquele ‘precisamos fazer isso’, ‘precisamos fazer aquilo’, ‘precisamos contratar jogadores’, ‘precisamos demitir o treinador’, e então você ganha um jogo e, de repente, todo mundo está no topo do mundo.

“Acho que eles serão mais calculados, mais neutros, e acredito que o plano de futebol e o plano financeiro que o sustenta serão muito mais robustos, muito mais concretos, e serão capazes de superar os momentos difíceis caso haja um período de resultados ruins.”

Uma das questões mais urgentes para o consórcio que está assumindo é nomear um treinador permanente, com Barry Ferguson atualmente no comando interino.

King afirmou que não tinha informações sobre os próximos passos em relação a um novo treinador, mas reconheceu que será necessário agir rapidamente para que tudo esteja pronto para a próxima temporada.

“Não tenho certeza do quanto eles estão dedicando atenção à situação do treinador neste momento,” ele disse.

“Digamos que esse acordo realmente aconteça, digamos, em meados de junho – acho que maio não será possível, mas digamos que meados de junho seja realista – e eles estejam firmemente no comando, isso não lhes dá muito tempo para começar a fazer alguns negócios e nos preparar para as eliminatórias da Liga dos Campeões.

“Então, tenho certeza de que eles estarão analisando isso. Mas quanto a quem será o treinador de fato e em quem estão interessados, não faço a menor ideia.”